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sobre livros e coisas da vida

sobre livros e coisas da vida

Como a corrida virou terapia?

O terreno terá sempre altos e baixos. Piso plano, não te desafia, mas permite-te reagrupar forças. Num dia, podes correr a corrida da tua vida. No outro, não te sentes nem capaz de correr 500 metros. Por vezes, não insistes. Outras vezes, a tua mente não te deixa desistir. Sais da tua zona de conforto e enfrentas algo que não conheces, quilómetros que nunca correste. Apercebes-te do que és capaz. Descobres que achavas o que era resiliência enquanto choras e aceleras o ritmo. (...)

O pássaro voou

Fonte   Tenho medo que seja o último dia, sempre. O dia em que ele me atirará com toda a força contra a parede. O dia em que ele me apertará o pescoço tão brutalmente que se esquecerá de largá-lo.   Tenho medo, sempre. Já não me recordo dos dias em que ele me trazia um ramo de flores, em vez de um par de socos. Perderam-se, na minha memória, os dias em que usava maquilhagem para me pôr bonita para ele. A (...)

Lugares que procurei

Fonte   Encontrei-me, depois de te perder. Não sabia que isso era possível, pois toda a esperança que depositei em nós foi abalada e reduzida a cinzas. Mas, quando batemos no fundo, sabemos que só temos duas hipóteses: ou ficamos na escuridão, ou voltamos a erguer-nos mais alto do que o buraco onde caímos. Optei pela segunda e só precisava de descobrir como lá chegar.   A princípio, pensei estar sozinha. (...)

Uma Mãe, duas Avós

Fonte   O Dia da Mulher já lá vai, mas as Mulheres da minha vida estão comigo todos os dias. E todos os dias me sinto grata por as ter - ou ter tido - na minha vida. Hoje, quero falar-vos sobre uma mãe e duas avós.   Avó Geninha   Nasceu nos anos 30, na aldeia que me viu crescer. Já viveu muitas primaveras. Umas mais coloridas que outras. Com poucos anos de idade, foi viver para Lisboa com os padrinhos, pois os (...)

1 + 3 | Em Casa

Fonte «Home is where the heart is». E o meu coração tem tantas casas. Umas longe, outras bem perto de mim. Sinto-me em casa dentro das quatro paredes que formam o meu (...)

1 + 3 | Medo

Se vocês soubessem o medo que eu tenho de ter medo para sempre... Sim, eu tenho medo de muita coisa. Sim, sou uma mariquinhas, como o meu pai me chama. Sempre fui assim. Mas quanto mais dizia que tinha medo, mais eu avançava inconscientemente para o perigo. É como naquele momento em que colocas as mãos à frente da cara enquanto vês um filme de terror, mas continuas a espreitar por entre os dedos.  (...)

Vou encontrar aquilo que ainda procuro

Era uma vez uma menina que se tornou mulher. Espera... O quê? Ainda ontem eu brincava com Legos. Juro que ontem aprendi a primeira letra do abecedário. Vão dizer-me que não foi ontem que tive o meu primeiro desgosto de amor?  Vinte e cinco anos e passaram a voar. Quando somos mais novos, temos (...)

Deixei de escrever no dia em que nos deixámos

Dantes, sabia escrever sobre aquilo que me magoava. Colocava nas palavras tudo aquilo que não podia ser ouvido por ninguém. Eram palavras que sabiam a dor e a lágrima. E eu fazia disso a minha arte. Depois, conheci-te. A minha visão do mundo ficou menos carregada e mais suave. Escrevia sobre ti, o teu (...)