O Recluso, Freida McFadden
Sinto que cada vez que leio um livro novo da Freida McFadden, me desiludo um pouco mais. Eu sou Team A Criada, esse foi o primeiro livro que li da autora e, apesar de não ter achado o melhor thriller do mundo, gostei da forma como a autora narrou a história e o ritmo que impôs. Deixou-me empolgada desde o início da leitura. No entanto, já não posso dizer o mesmo dos outros livros que li dela, especialmente este, O Recluso.
Neste livro, seguimos a Brooke que se muda com o filho para casa dos pais, depois do acidente que causou a morte de ambos, e é contratada para trabalhar como enfermeira no estabelecimento prisional masculino que fica perto da cidade. O que ninguém sabe, à excepção de Brooke, é que um dos reclusos, Shane, é o ex-namorado que tentou matá-la, há dez anos atrás. Foi o testemunho dela que o colocou ali.
A premissa despertou o meu interesse, apesar de um pouco surreal. Qual é a pessoa que no seu perfeito juízo vai trabalhar, voluntariamente, num lugar onde quem tentou assassiná-la está a cumprir pena de prisão?
Estava disposta a ver até onde ia a imaginação da autora, mas a verdade é que senti que o desenvolvimento de toda a narrativa se enrolou demasiado ao longo do livro. Aquilo que me fez continuar a ler foi a linha temporal do passado, na qual vamos acompanhando Brooke, Shane e os restantes amigos que estavam em casa dele na noite em que acabaram (quase) todos assassinados. Certas passagens fizeram o meu coração acelerar de tamanha tensão, porque ninguém sabia o que realmente estava a acontecer ou em quem podiam ou não confiar. Nem eu, leitora.
No entanto, só a partir dos 70% ou 80% do livro é que os acontecimentos no presente começaram a ficar, de facto, interessantes. Fiquei entusiasmada, mas também receosa com o rumo que a autora ia dar à história. Apesar de adorar, também tenho alguns problemas com este tipo de desfechos demasiado rápidos. Têm de ser muito bons e convencer-me totalmente, caso contrário, serão um grande desastre. Dito isto, não achei que o final tivesse sido bom porque, na minha opinião, não foi de todo original. Para compensar, o epílogo - esse sim! - surpreendeu-me, porque não esperava esse desfecho para uma ponta solta que achei que não ia ser fechada.
Este livro ficará guardado na estante de recomendações para quem não costuma ler thrillers e quer aventurar-se num.
E vocês, já leram O Recluso?